sábado, 9 de maio de 2009

Peixe predador da Amazônia é encontrado no Rio Aquidauana




O peixe pirarara Um peixe com 13 quilos, originário da Bacia Amazônica, foi achado por um pescador profissional na semana passada no Rio Aquidauana. João Carlos Farinha pescou uma pirará, espécie de predador sem registros em Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Militar Ambiental, soltar peixes de outros ecossistemas em rios do Estado é considerado crime biológico, passível de multa e reclusão para o autor.

"Tenho o costume de pescar em vários lugares do Estado, especialmente no Rio Aquidauana, onde tenho uma chácara, mas nunca me deparei com essa espécie antes. Conhecia a pirará só da televisão", disse João Carlos. Ele explicou que comunicou o achado à Polícia Militar Ambiental (PMA), para onde o peixe foi encaminho às 9h30.

"Esse é um problema sério, porque esse é um peixe extremamente predador e, como as espécies daqui não cresceram junto com ele, podem não ter uma resposta de fuga. O resultado é um desequilíbrio ecológico", disse o comandante da PMA, Edmilson Queiroz.

Para a PMA, há duas hipóteses para esse peixe ter chegado até aqui: rompimento da barragem de algum tanque de criação nas proximidades do rio, ou ato criminoso. O problema, no entanto, é identificar quem cometeu o crime, caso esta última hipótese seja confirmada. Isso porque a criação de espécies nativas de outras regiões do Brasil e a comercialização de seus alevinos são permitidas, desde que estejam em cativeiros com autorização para funcionar. A desova do peixe é caracterizada como poluição biológica, sendo que a punição pode ser de um a cinco anos de reclusão, ou até R$ 50 milhões.

Tucunaré

Na década de 80, na região de Corumbá, o rompimento de um tanque com milhares de alevinos de tucunaré que estavam sendo criados em uma fazenda próxima causou preocupação à PMA. Até hoje o predador se produz rapidamente, e ainda ameaça espécies nativas do Pantanal.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Recanto Ecológico Rio da Prata
Estância Mimosa Ecoturismo
www.bonitoweb.com.br
(com informações do Correio do Estado)