sábado, 21 de março de 2009

Piracanjuba


Descrição
Peixe de escamas; corpo fusiforme de coloração prateada com reflexos esverdeados e nadadeiras vermelhas. Pode alcançar 1m de comprimento total e 5kg.

Ecologia
Espécie herbívora, alimenta-se de frutos/sementes, flores e folhas. Vive tanto no canal dos rios quanto nas áreas próximas às margens e em locais de corredeiras. É um peixe muito esportivo e sua carne rosada é de excelente qualidade. Em algumas áreas, a captura dessa espécie está cada dia mais difícil.

Equipamentos
O equipamento mais adequado para a captura é do tipo leve/médio. As linhas podem variar de 8 a 14 lb., os anzóis de n° 1/0 a 3/0. Para maior eficiência das fisgadas, as varas devem ser de ação rápida e recomenda-se o uso de chumbo de correr do tipo oliva.

Iscas
As iscas mais indicadas para a captura dessa espécie são naturais, como pequenos peixes inteiros ou em pedaços. Frutos, bolinhas de massa e grãos de milho também são muito apreciados.

Dicas
Tenha sempre à disposição bastante linha, pois, quando se sente fisgada, a piracanjuba sai em desabalada carreira e tem bastante fôlego, levando vários metros de linha antes de se entregar.

sábado, 14 de março de 2009

Curimbatá


Peixes de escamas. A principal característica da família é a boca protrátil, em forma de ventosa, com lábios carnosos, sobre os quais estão implantados numerosos dentes diminutos dispostos em fileiras. As escamas são ásperas e a coloração é prateada. A altura do corpo e o comprimento variam com a espécie. Pode alcançar de 30 a 80cm de comprimento total dependendo da espécie.

Ecologia
Espécies detritívoras, alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos associados à lama do fundo de lagos e margens de rios. Realizam longas migrações reprodutivas. São capturadas em grandes cardumes, sendo espécies importantes comercialmente, principalmente para as populações de baixa renda.

Equipamentos
A pesca amadora é praticada principalmente nos barrancos da beira do rio com equipamento simples: varas de bambu, com 2-4m. A linha, geralmente uns 50cm maior que a vara, varia de 0,30-0,40mm. Os anzóis são pequenos e finos para facilitar a fisgada, de n° 8 a 2.

Iscas
Como são peixes detritívoros, não atacam iscas artificiais. A melhor isca é a massa de farinha de trigo iscada no anzol até a metade do colo. Deve ser consistente, nem muito dura nem mole demais.

Dicas
Não são peixes fáceis de capturar porque pegam a isca muito de leve, exigindo bastante calma e sensibilidade para efetuar a fisgada no momento certo.

Fonte: PNDPA

sexta-feira, 13 de março de 2009

O pantanal


O Pantanal é um paraíso ecológico no coração do Brasil. É a maior planície alagada do planeta, e a terceira maior reserva ambiental do mundo. Sua importância ecológica é imensa, pois abriga um dos mais ricos ecossistemas já encontrado até hoje, com florestas estacionais periodicamente alagadas.
Apresenta a maior concentração de fauna do neotrópico, incluindo várias espécies ameaçadas de extinção – entre mamíferos, répteis e peixes -, além de servir como habitat para uma enorme variedade de aves, tanto nativas como provenientes de outras áreas das Américas.
A abundância de animais faz da região do Pantanal um dos lugares mais propícios do Brasil para observação da flora, fauna e para a prática da pesca – permitida somente entre março e outubro. A área total é de 230 mil quilômetros quadrados, abrangendo 12 municípios dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ao Norte, estão as serras dos Paracis, Azul e do Roncador. A Leste, a Serra de Maracaju. Ao Sul, a Serra da Bodoquena. E, a Oeste, os charcos paraguaio e boliviano. O Pantanal mato-grossense é tão diverso que foi subdividido, por pesquisadores, em sub-regiões. Cada “Pantanal” – Norte e Sul – tem características naturais próprias e, conseqüentemente, atividades e épocas ideais para visitação.
Em toda a região sempre há muito que se ver e apreciar. No Pantanal Sul, o destaque fica por conta da Estrada Parque do Pantanal. São 117 km em estrada de terra e 87 pontes de madeira – muitas delas em estado precário –, que ligam Corumbá ao Buraco das Piranhas. Se o passeio for feito de carro, é possível observar inúmeros animais selvagens durante o percurso, como jacarés, capivaras, araras, tuiuiús, carcarás, veados e sucuris. Eles ficam em torno das baías e dos canais que levam a água dos brejos aos rios. Depois disso chega-se a Porto Manga, onde os veículos atravessam o Rio Miranda (é preferível que sejam caminhonetes ou jipes, mais apropriados para estradas com buracos, bancos de areia e ondulações). Do outro lado há algumas pousadas à margem do rio, e algumas delas dedicam-se a programas de pesca.
A melhor época para visitação é de maio a setembro, quando chove menos. Nos meses de março a abril, quando as águas começam a baixar, a observação da fauna torna-se melhor. Na época das chuvas, entre outubro e fevereiro, é grande a quantidade de mosquitos, o calor é intenso e a Rodovia Transpantaneira fica praticamente intransitável. Corumbá
Porto fluvial localizado à margem direita do rio Paraguai, na fronteira com a Bolívia, é uma das maiores cidades do Estado do Mato Grosso do Sul e um dos principais pontos de partida para o Pantanal. Fica a 435 km de Campo Grande, capital do Estado. Seu nome vem do tupi-guarani e significa “lugar distante”.
Corumbá fica no extremo Oeste do Brasil e, durante muito tempo, foi acessada quase que exclusivamente pelo rio Paraguai. Hoje, pode-se chegar até lá de carro, ônibus, trem, avião e, obviamente, de barco. Aquidauana
Localizada no Pantanal Sul, Aquidauana é um autêntico paraíso povoado por exuberantes espécies da fauna e flora que se espalham por uma imensa planície inundável, formada por baías, colinas, cordilheiras, vazantes e corixos. É um dos portões de entrada para o lado Sul do Parque Nacional do Pantanal e tem localização privilegiada na região da Serra de Piraputanga.
No século XVI, os espanhóis fundaram o povoado de Xaraés, que deu origem à cidade, às margens do Rio Aquidauana. Os índios da região chamam a planície local de Mar de Xaraés. Miranda
Miranda é considerada o Portal do Pantanal Sul, visto que a grande planície alagadiça começa praticamente dentro da cidade. Desde a sua entrada, o turista já encontra uma flora tipicamente pantaneira nos dois lados da rodovia - assim como várias espécies da fauna, com destaque para as aves. E aí começam os atrativos colocados à disposição dos turistas, como áreas de camping, hotéis, pesqueiros, entre outros.
O município de Miranda pertence à Bacia do Paraguai. Os principais cursos d’água do município são os rios Miranda, Salobra e Agachi. O encontro das águas cristalinas do Rio Salobra com as águas turvas do Rio Miranda é um atrativo que o turista não pode deixar de conhecer. Comunidades Indígenas – Índios Terena
São o segundo maior grupo étnico do Estado. A maior concentração desses índios está nas regiões de Miranda e Aquidauana. É um dos grupos indígenas mais aculturados do Brasil. Há vários trabalhos acadêmicos sobre os Terena, especialmente os do estudioso Roberto Cardoso de Oliveira.

Barbado


Peixe de couro. As características mais marcantes são os barbilhões longos e achatados, daí o nome vulgar, e a nadadeira adiposa muito longa, começando logo após a nadadeira dorsal. A coloração é cinza a castanho no dorso e flancos, clareando na região ventral. Logo ao ser retirado da água pode apresentar uma coloração esverdeada no dorso. Alcança cerca de 80cm de comprimento total e pode chegar a 12kg, mas o peso médio varia de 3 a 5kg.

Ecologia
A espécie é comum ao longo da beira dos rios, na frente de vilas e cidades, e, por esse motivo, é importante para a pesca de subsistência. Inclui vários itens alimentares em sua dieta, mas costuma ser um piscívoro bastante voraz quando ataca peixes presos nas redes. No rio Madeira, na Cachoeira do Teotônio, cardumes de barba-chata aparecem em novembro/dezembro.

Equipamentos
O equipamento para a captura do barbado é do tipo médio/pesado, montado com chumbo para manter a isca no fundo. As linhas mais apropriadas são de 17, 20 e 25 lb. e os anzóis de n° 4/0 a 8/0.

Iscas
Este peixe só é capturado com iscas naturais, como peixes inteiros ou em pedaços e minhocuçu.

Dicas
É um peixe que briga muito. Deve ser colocado no gelo, logo após capturado porque estraga facilmente.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Olha ela ai !!! Piranha


É o peixe mais voraz do Pantanal. Ao menor indício de sangue na água elas se reúnem em grande cardume, prontas para devorar o que estiver sangrando. Atacam até mesmo os pés e a boca dos animais que se abaixam para beber água no rio. O homem também é vítima do seu apetite, sendo necessário o máximo de cuidado para não se ferir.

Possui escamas e chega a tingir no máximo 35 cm e não pesa mais do que quatro quilos. No Pantanal, para se atravessar um rio ou riacho com uma boiada, costuma-se sacrificar um animal alguns metros abaixo para o cardume não atacar o rebanho. Sua carne é boa, apesar de espinhosa, sendo muito utilizada como caldo ou sopa. O jacaré é outro que aprecia muito sua carne, e a matança destes explica a proliferação das piranhas do Pantanal.Peixe de escamas, de água doce, da família dos Serrasalmídeos. São peixes temidos por sua voracidade. Existem dois grupos conhecidos: As “pirambebas” que são de tamanho menor, atingindo até 15 cm de comprimento, e que não são tão vorazes. A outra espécie, denominada “piranha-negra” ou “cachorra”, pertence ao grupo dos Pygocentrus piraya. Atinge até 30 cm de comprimento e seu peso chega até 12 kg. Na verdade, não são pretas como se diz, e sim que sua coloração é amarelada com nuances escuras no dorso. Dentro desse grupo. Dentro desse grupo, destaca-se a de maior voracidade, a “piranha marapá” ou “Catarina”, que pertence ao grupo Serrasalmus denticulatus .Sua dentição é muito forte e cortante. Chega a atingir 2 kg. A pesca desse peixe voraz é feita o ano todo. Sua isca preferida é a base de carnes, em geral com sangramento

Conforme se encontra na literatura, ocorrem no Brasil várias espécies de piranhas, podendo pertencer elas aos gêneros Serrasalmus, Pygocentrus e Pigopristis. Apesar de apresentarem diferenças quanto à tamanhos, cor, e outras características externas menores, todas tem, entretanto, algo em comum. A sua ferocidade como atacam as vítimas. Elas quando mordem, com seus dentes afiadíssimos, praticamente tentam arrancar nacos de carne da presa, sacudindo violentamente o corpo para tal. Há bastantes relatos de casos de piranhas de porte maior, principalmente na região Amazônica ou no Araguaia, que simplesmente partem uma isca artificial ao meio. O cuidado com o seu manuseio deve ser constante, até porque elas levam um certo tempo para morrer fora da água. Use, se possível, sempre alicates. É muito comum, também, quando estamos pescando tucunarés ou corvinas de água doce que os peixes venham com pedaços de seu corpo faltando, devido há bocadas das piranhas. Se você prática a pesca catch and release (pesque e solte), evite capturas demoradas, pois o peixe pode ser totalmente devorado pelas piranhas quando elas estão presentes. O seu corpo ovalado é deprimido lateralmente, e a sua dentadura apresenta uma carreira de dentes afiadíssimos. A mandíbula inferior saliente não deixa dúvidas quanto a sua ferocidade.

terça-feira, 3 de março de 2009

O maior de todos


Pescadores da cidade tailandesa de Chiang Khong capturaram o que é, provavelmente, um dos maiores peixes de água doce já vistos. Com 292kg e conhecido como bagre gigante do rio Mekong, o animal é estudado pelo WWF em parceria com a National Geographic Society que atuam na região para evitar a extinção da espécie

Os peixes de água doce gigantes estão em extinção no mundo todo, inclusive no Brasil. A maior espécie encontrada nos rios brasileiros é a piraíba que atinge até 2,8m e tem ampla distribuição na bacia amazônica. Por sua característica migratória, os bagres sofrem especialmente o impacto de grandes obras de infra-estrutura, especialmente represas e reservatórios que impedem a mobilidade da espécie. A dourada e a piramutaba, por exemplo, são bagres nacionais conhecidos por realizarem as mais longas migrações de peixes em qualquer bacia hidrográfica do mundo.